Imobiliária de Santa Luzia é acusada de golpe na compra e venda de imóveis
Pelo menos seis pessoas denunciam fraude na compra e venda de imóveis por parte de uma imobiliária em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os que venderam os imóveis não receberam o dinheiro, e os que compraram não conseguiram ficar com a residência.
Advogado que representa as seis vítimas, Levindo Queiroz Neto afirma que o prejuízo, somado, chega a R$ 100 mil. “Entendemos que pode ser configurado o crime de estelionato, de apropriação indébita, de falsificação de documento. Existem formas que podemos analisar a cada caso”, afirma.
Em um dos casos, uma mulher comprou um imóvel. A aquisição estava condicionada a um certo período de aluguel. Ela pagava o aluguel para a imobiliária, que ficou com o dinheiro por sete meses, não passou para o proprietário e ela foi despejada.
“Ela continua sem lar, sem realizar um sonho e, do ponto de vista administrativo, há condições da imobiliária continuar operando porque ela ainda não teve a licença cassada”, afirma o advogado.
Outra vítima, que não será identificada, vendeu seis lotes por R$ 55 mil em novembro de 2020. Até agora, apenas R$ 17 mil foram repassados a ela. “A gente já tinha o comprador. Contratamos a imobiliária apenas para agilizar, fazer a documentação, o contrato. Iríamos pagar uma comissão de R$ 3 mil”, conta.
De acordo com ela, o comprador fez o pagamento total para a imobiliária. “Recebemos uma parte desse valor, mas faltaram duas partes”, prossegue. Ela acusa a imobiliária de “enrolar” a situação.
“Foi uma enrolação. Diziam que iriam depositar, depois argumentaram questões relacionadas à covid, porque o banco não abriu. Foram enrolando e nós achamos a situação muito estranha. Isso até março de 2021, quando a imobiliária nos bloqueou, disse que não iria pagar e que era para entrarmos na Justiça, porque eles não tinham medo”, detalha.
Procuramos a assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais, que confirmou uma investigação em andamento por estelionato e supostas fraudes praticadas pela imobiliária. A instituição orienta eventuais outras vítimas devem procurar a Justiça.
Nossa reportagem também procurou o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais, que afirmou ter recebido duas denúncias contra a Imobiliária Triunfo. As acusações estão sendo apuradas.
O que diz a imobiliária
A Itatiaia foi à sede da imobiliária Triunfo, no Centro de Santa Luzia. Uma mulher, que se identificou como Alessandra, disse ser a administradora da empresa e reconheceu as dívidas, causadas, segundo ela, por uma ex-sócia. Ela também atribuiu o problema a uma série de outros acontecimentos pessoais e econômicos.
A administradora da empresa também disse que trabalha para quitar as dívidas. Ela, no entanto, se recusou a conceder entrevista. No dia seguinte, o advogado dela contactou a reportagem e disse que a imobiliária Triunfo vai se pronunciar apenas nos autos do processo judicial.
Pelo menos seis pessoas denunciam fraude na compra e venda de imóveis por parte de uma imobiliária em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os que venderam os imóveis não receberam o dinheiro, e os que compraram não conseguiram ficar com a residência.
Advogado que representa as seis vítimas, Levindo Queiroz Neto afirma que o prejuízo, somado, chega a R$ 100 mil. “Entendemos que pode ser configurado o crime de estelionato, de apropriação indébita, de falsificação de documento. Existem formas que podemos analisar a cada caso”, afirma.
Em um dos casos, uma mulher comprou um imóvel. A aquisição estava condicionada a um certo período de aluguel. Ela pagava o aluguel para a imobiliária, que ficou com o dinheiro por sete meses, não passou para o proprietário e ela foi despejada.
“Ela continua sem lar, sem realizar um sonho e, do ponto de vista administrativo, há condições da imobiliária continuar operando porque ela ainda não teve a licença cassada”, afirma o advogado.
Outra vítima, que não será identificada, vendeu seis lotes por R$ 55 mil em novembro de 2020. Até agora, apenas R$ 17 mil foram repassados a ela. “A gente já tinha o comprador. Contratamos a imobiliária apenas para agilizar, fazer a documentação, o contrato. Iríamos pagar uma comissão de R$ 3 mil”, conta.
De acordo com ela, o comprador fez o pagamento total para a imobiliária. “Recebemos uma parte desse valor, mas faltaram duas partes”, prossegue. Ela acusa a imobiliária de “enrolar” a situação.
“Foi uma enrolação. Diziam que iriam depositar, depois argumentaram questões relacionadas à covid, porque o banco não abriu. Foram enrolando e nós achamos a situação muito estranha. Isso até março de 2021, quando a imobiliária nos bloqueou, disse que não iria pagar e que era para entrarmos na Justiça, porque eles não tinham medo”, detalha.
Procuramos a assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais, que confirmou uma investigação em andamento por estelionato e supostas fraudes praticadas pela imobiliária. A instituição orienta eventuais outras vítimas devem procurar a Justiça.
Nossa reportagem também procurou o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais, que afirmou ter recebido duas denúncias contra a Imobiliária Triunfo. As acusações estão sendo apuradas.
O que diz a imobiliária
A Itatiaia foi à sede da imobiliária Triunfo, no Centro de Santa Luzia. Uma mulher, que se identificou como Alessandra, disse ser a administradora da empresa e reconheceu as dívidas, causadas, segundo ela, por uma ex-sócia. Ela também atribuiu o problema a uma série de outros acontecimentos pessoais e econômicos.
A administradora da empresa também disse que trabalha para quitar as dívidas. Ela, no entanto, se recusou a conceder entrevista. No dia seguinte, o advogado dela contactou a reportagem e disse que a imobiliária Triunfo vai se pronunciar apenas nos autos do processo judicial.